terça-feira, 12 de abril de 2011

Lar, pedaços de seu

.






A manhã começa a bater em meu poema.



(...)




Estou deitado em meu poema.




(...)



- Eu enlouqueço com a doçura dos meses vagarosos.

O poema dói-me, faz-me.
O povo traz coisas para a sua casa
do meu poema.
(...)



- A manhã começa a colocar o poema na parte
mais límpida da vida.


(...)




A manhã começa a dispersar o poema na luz incontida
do mundo.








(De O Poema, Herberto Helder, Ou o Poema Contínuo)

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