"Grave incertitude, toutes les fois que l'esprit se sent dépassé par lui même; quand lui, le checheur, est tout ensemble le pays obscur où il doit chercher et où tout son bagage ne lui sera de rien. Chercher? pas seulement: créer. Il est en face de quelque chose qui n'est pas encore et que seul il peut réaliser, puis faire entrer dans sa lumière."
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
e fazer algo com o impossível
"Grave incertitude, toutes les fois que l'esprit se sent dépassé par lui même; quand lui, le checheur, est tout ensemble le pays obscur où il doit chercher et où tout son bagage ne lui sera de rien. Chercher? pas seulement: créer. Il est en face de quelque chose qui n'est pas encore et que seul il peut réaliser, puis faire entrer dans sa lumière."
sábado, 26 de novembro de 2011
...
"You are speaking of the meaning...
of our life...
of the unselfishness of art...
Take music, for instance."
of our life...
of the unselfishness of art...
Take music, for instance."
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Antípodas ( - você disse "Holanda?")
Pensa na tradição. Diz para si mesmo: eu sou alimentado pelos séculos, vivo afogado na historia de outros homens. E sua alma é atravessada pelo sopro primordial. Mas tem a alma perdida: é um inocente que maneja o fogo dos infernos. Abre-se ao fundo de sua meditação um grande lago: a solidão, e em volta passeiam vacas. (...)
Ja nao escreve poemas nem pergunta às pessoas o seu nome. Ele próprio, visto estar destinado à inteira perdição, vai perdendo o nome pelo país adiante. Agora vigia a paz devoradora dos animais, as coisas, a imobilidade. Vou partir - imagina. As cidades ardem, os campos enlouquecem. Um poeta tem de partir, repartir, repartir-se. (...)
Ele olhava o sol verde entre as patas das vacas e supunha poder envenenar-se legando o cadáver à confusão holandesa. E como se alimentaria essa confusão, como seria divertido o pequeno quadro holandês! - Senhor, que lhe aconteceu? Salva-lhe a alma se puderes. Ele era um estrangeiro: envenenou-se. Nada mais sabemos.
Herberto Helder
(Os Passos em Volta)
Saint Rémy de Provence, na França
terça-feira, 23 de agosto de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Dehors, chez soi
"Sous une lumière blafarde
Court, danse et se tord sans raison
La Vie, impudente et criarde.
Aussi, sitôt qu'à l'horizont."
Ou,
Sobre um crepúsculo qualquer
Súbito, dança e se dobra sem a razão
A vida, surpreendente e ruidosa
Aussi sitôt qu'à l'horizont
Flores do Bem.
(Doce l'ar).
quarta-feira, 8 de junho de 2011
The Connection
Trailer de um filme não documentário, onde a música, os músicos, o acaso e outras coisas o compõem como um documentário, sobre como fazer um documentário.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Nostalgia sobre um Movimento Retilíneo Uniforme
/ cd..
C:/Windows
C:/Windows/Images
C:/Windows/Images/Words
C:/Windows/Images/Words/Poesy
C:/Windows/Images/Words/Poesy/POESY
/ cd..
C:/Windows
C:/Windows/Word
C:/Windows/Word/Words
C:/Windows/Word/Words/Worlds
C:Windows/Word/Word/Worlds/Poesy
Poesy
Poesy
Janelas
Janela.
.
C:/Windows
C:/Windows/Images
C:/Windows/Images/Words
C:/Windows/Images/Words/Poesy
C:/Windows/Images/Words/Poesy/POESY
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C:/Windows/Word/Words
C:/Windows/Word/Words/Worlds
C:Windows/Word/Word/Worlds/Poesy
Poesy
Poesy
Janelas
Janela.
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quinta-feira, 28 de abril de 2011
Poema para Bienal do Piores Poemas (2008)
Poemeto (de Mulher)
(Maria Berta)
A mulher
fala
tem isso mesmo.
E tem e não tem
se eu Falo ele fala e você (acefala)
todas Falas.
Tu falas eles
falas eu
e eu,
lafas!
Falácias eu se ele não
falafel tantas.
Falalei falalei!
E tenho o Dito.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Voz e Expressão
Periscópio caracol:
Advertida: a voz não é um instrumento, ela é
simplesmente, princípio.
Pode vir a ser um instrumento. E acontece muito, dela vir a ser.
Antes, a voz é um íntimo
a escuta também
Perdeu-se a voz no virtual.
Segundo Guimarães Rosa, a rede é um monte de buracos amarrados por barbante.
A arte precisa ter/ser voz para ser contemporânea, isto é, para ser.
Mesmo que se teça no silêncio,
apaixonadamente.
Advertida: a voz não é um instrumento, ela é
simplesmente, princípio.
Pode vir a ser um instrumento. E acontece muito, dela vir a ser.
Antes, a voz é um íntimo
a escuta também
Perdeu-se a voz no virtual.
Segundo Guimarães Rosa, a rede é um monte de buracos amarrados por barbante.
A arte precisa ter/ser voz para ser contemporânea, isto é, para ser.
Mesmo que se teça no silêncio,
apaixonadamente.
(sobre o clip primeiro, prefiro ficar só com a música como imagem do pensamento)
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terça-feira, 12 de abril de 2011
Lar, pedaços de seu
.
A manhã começa a bater em meu poema.
(...)
Estou deitado em meu poema.
(...)
- Eu enlouqueço com a doçura dos meses vagarosos.
O poema dói-me, faz-me.
O povo traz coisas para a sua casa
do meu poema.
(...)
- A manhã começa a colocar o poema na parte
mais límpida da vida.
(...)
A manhã começa a dispersar o poema na luz incontida
do mundo.
(De O Poema, Herberto Helder, Ou o Poema Contínuo)
sábado, 2 de abril de 2011
Sobre a escrita
.
A palavra calado carrega uma lareira dentro dela.
Tijolo cor de barro quente, troncos marrons de árvore.
Não precisa ter fogo vivo para ser lareira. E todo fogo é fogo.
As palavras que dançam em roda no devaneio do fogo são
as que eu queria que me visitassem no papel.
.
A palavra calado carrega uma lareira dentro dela.
Tijolo cor de barro quente, troncos marrons de árvore.
Não precisa ter fogo vivo para ser lareira. E todo fogo é fogo.
As palavras que dançam em roda no devaneio do fogo são
as que eu queria que me visitassem no papel.
.
segunda-feira, 28 de março de 2011
De quando conheci o Helder, Ou o Poema Contínuo
Meus pensamentos me dançam para um lado
Pro outro, no berço da noite.
Escuto os "si" (em si) pingarem na água
e cubro a noite com esta poça que corta
pianíssimo
como o cheiro de criança
que vem do quintal.
Coloco os pés nas palavras para ver se pica e
sinto estar molhando caquis de vermelho água
(bebo esse vermelho e me lambuzo os cabelos até o queixo).
Meus pensamentos me sopram para dentro
e balançam as folhas
cantando as que já viraram retrato.
Esse é o mesmo som do fogo, daquele
cobertor de tempo que exala pedra, arde pelo avesso,
daquele suspiro de canto rosa
que a pétala acaricia
e vira mar.
.
Pro outro, no berço da noite.
Escuto os "si" (em si) pingarem na água
e cubro a noite com esta poça que corta
pianíssimo
como o cheiro de criança
que vem do quintal.
Coloco os pés nas palavras para ver se pica e
sinto estar molhando caquis de vermelho água
(bebo esse vermelho e me lambuzo os cabelos até o queixo).
Meus pensamentos me sopram para dentro
e balançam as folhas
cantando as que já viraram retrato.
Esse é o mesmo som do fogo, daquele
cobertor de tempo que exala pedra, arde pelo avesso,
daquele suspiro de canto rosa
que a pétala acaricia
e vira mar.
(E eu, e ele, escutamos
toda a cidade nos escutar
no silêncio dessa explosão).
.
sexta-feira, 25 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Variações sobre um tema
Voltar quase sempre é partir para um outro lugar.
(Paulinho da Viola)
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Primeira variação
Voltar quase sempre é partir para um outro lugar.
(Gilles Deleuze)
Segunda variação
Voltar quase sempre é.
Parti
(para um outro lugar).
Terceira varição
Para um outro lugar,
voltar.
Quase sempre,
é partir.
Quarta variação
Para um outro lugar.
(Voltar)
O quase sempre é.
(Partir)
Quinta variação
Vem lá
instante por instante.
Sexta variação
O caos não é o contrário do ritmo,
é antes o meio de todos os meios.
Sétima variação
Acordei de um sonho.
Senti cheiros.
Oitava variação
Nona variação
De novo.
.
sábado, 19 de março de 2011
Não são só feitos de boleros...
Comecei a escrever, Te apaguei. Te reescrevi
de novo - periscópio caracol -
não te encontrei na letra.
Por isso agora apago, te devo
(aquele que leva, carrega ave em seu nome)
meu erre, meus sopros, oceanos, meu T.
Vôo submerso
sobre sua música,
sobre sua música,
sobre todos os três,
outra janela de alma
nem falarei portanto Te amo, apenas digo
hoje, Ravel é o meu compositor preferido.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Ao faltante mais assíduo!
Querido Jorge Luis,
Irei esta tarde e ficarei para o jantar se houver algum inconveniente e tivermos vontade de trabalhar. (Notarás que tenho vontade de jantar mesmo com inconveniente e só falta me assegurar das outras vontades.)
Tens que me desculpar por eu não ter ido ontem à noite. Sou tão distraído que, indo para aí, lembrei-me no caminho de que ficara em casa. Essas distrações freqüentes são uma vergonha e esqueço-me de me envergonhar também.
Estou preocupado com a carta que ontem redigi e selei para ti. Como te encontrei antes de colocá-la na caixa de correio, cometi a imprudência de abrir o envelope e de colocá-la em teu bolso. Mais uma carta que se extraviará por falta de endereço. Muitas de minhas cartas não chegam porque me esqueço de colocá-las num envelope ou de indicar o endereço ou ainda de escrevê-las. (...)
Irei esta tarde e ficarei para o jantar se houver algum inconveniente e tivermos vontade de trabalhar. (Notarás que tenho vontade de jantar mesmo com inconveniente e só falta me assegurar das outras vontades.)
Tens que me desculpar por eu não ter ido ontem à noite. Sou tão distraído que, indo para aí, lembrei-me no caminho de que ficara em casa. Essas distrações freqüentes são uma vergonha e esqueço-me de me envergonhar também.
Estou preocupado com a carta que ontem redigi e selei para ti. Como te encontrei antes de colocá-la na caixa de correio, cometi a imprudência de abrir o envelope e de colocá-la em teu bolso. Mais uma carta que se extraviará por falta de endereço. Muitas de minhas cartas não chegam porque me esqueço de colocá-las num envelope ou de indicar o endereço ou ainda de escrevê-las. (...)
quinta-feira, 17 de março de 2011
Sobre harmônicos
Prefiro outras janelas de alma
aquelas que pulsam devagar,
e sopram faíscas de luz tênue,
avassaladoras,
e te assopram,
em ti mesmo,
sem pontuar te esquecem.
segunda-feira, 14 de março de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
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